“Nem se Põe vinho novo em
odre velhos;Do contrário, rompem-se os
Odres, derrama-seO vinho, e os Odres se
perdem. Mas põe-se vinhoNovo em Odres novos, e ambos
se conservam” (Mt.9:17) Em toda a sua vida e ministério
esteve Jesus cercado de opositores. Esses, todavia, ao contrário do que se
podia esperar, não eram os pagãos, alheios as promessas de Deus e sem
esperança. A oposição á Cristo e sua doutrina vinha da parte daqueles que
julgavam ser servo de Deus e andar em conformidade com a sua vontade.O texto de Mateus 9:14-17, de onde
extraímos o versículo-chave deste capitulo, apresenta-nos muito claramente esta
questão. É-nos dito nesta parte da Escritura que os discípulos de João
perguntaram a Cristo, dizendo: “...porque
jejuamos nós,e os Fariseus (muitas vezes) , e teus discípulos não jejuam?”-
v.14. Ora, vede. Quem eram os Fariseus? E quem eram os discípulos de João?
Não eram todos “servos” de Deus, em quem diziam crer, baseados nas promessas
divinas feitas na Lei e nos profetas? Por que, então, levantavam questões
conflituosas contra as práticas doutrinárias que o Senhor Jesus, o enviado do
Pai, ensinava aos seus discípulos?Veja que o conflito se instaura
exatamente entre aqueles que teoricamente deveria manter a unidade: os
discípulos de João, os fariseus e os discípulos de Cristo. Esses três pareciam
está no mesmo lado, haja vista terem o Messias prometido por motivação de fé e
de esperança.A Lei de Moisés e os Profetas eram
o elo que unia esses três grupos de “servos” de Deus. No entanto algo havia que
os separava, a saber: A INTERPRETAÇÃO QUE CADA UM DELES DAVA AS PALAVRAS DE
DEUS CONTIDAS NOS LIVROS SAGRADOS. Este tem sido o grande problema do povo de
Deus ao longo do tempo.A interpretação particular das
escrituras, rigorosamente proibida pela Palavra de Deus (2Pe.1:20,21) é uma das
principais responsáveis pelas muitas divisões no seio do povo professo de
Senhor. Devemos nos lembrar das palavras do apóstolo Paulo que nesse sentido
nos advertiu,dizendo: Rogo-vos, irmãos,
pelo nome do nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que
não haja entre nós divisões;antes sejais inteiramente unidos, na mesma
disposição mental e o mesmo parecer”(1Co1:10).
Mas como pode ser isso? Como pode
milhares de pessoas de culturas e tradições heterogêneas possuírem a mesma
disposição mental e o mesmo parecer? O caminho para tal unidade consiste na
convergência de todos ao falar único do próprio Deus: a Bíblia Sagrada. Para
tanto, todavia tornam-se necessários deixar de lado, cada qual, as suas
próprias opiniões, as tradições legadas, os costumes adquiridos e o pragmatismo
tentador, e, humildemente, elegermos a Bíblia Sagrada como única regra de fé e
prática, tendo a pessoa de Jesus cristo como a sua hermenêutica;isto é, ter a
consciência que Jesus é o cumprimento de tudo o que a Lei e os profetas
anunciaram e a realidade e essência do Novo Testamento. Nele tudo se explica;sem
Ele, nada se compreende.Portanto voltemo-nos à palavra de
Deus e permitamos que ela nos dirija os passos, a fim de encontrarmos o caminho
seguro para a compreensão das Escrituras, a partir da interpretação isenta de
intromissões e erros humanos.
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NÃO SE PÕE VINHO NOVO EM ODRES
VELHOS
Continuaremos com os próximos tópicos prometido. Aguardem!!!1
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