domingo, 17 de agosto de 2014



         NÃO SE PÕE VINHO NOVO EM ODRE VELHO   

                                                                           
Os discípulos de João queriam saber de Cristo porque seus discípulos não praticavam o tipo de jejum próprio dos tempos da primeira aliança, do modo como eles próprios e os Fariseus os faziam. Observe como que já naquele tempo  despontavam os primeiros conflitos quanto a práticas referentes a Lei e a nova compreensão da verdade, á luz da pessoa de Jesus Cristo.
   Observe a pergunta: “... por que jejuamos nós, e os fariseus(muitas vezes), e teus discípulos não jejuam?” – Isso não nos parece familiar? Considere por um pouco estas questões: porque, todos os cristão do tempo presente tem como elo, que os tornam teoricamente um, é a Bíblia Sagrada, mas,estão segregados em muitos grupos divididos?Porque uns guardam o sábado e outros não fazem do mesmo modo? Por que uns obrigam os fiéis á prática do Dízimo da lei, enquanto outros os ensinam a generosidade e a gratidão? Por que uns vivem tão incutidos com práticas de festas judaicas, e outros se preocupam com a realidade de Cristo vivida na experiência da igreja? Por que muitos lançam mão de texto do Antigo Testamento, os quais parecem prometer riquezas e prosperidades terrenas, enquanto outros ensinam o saber viver contente em toda e qualquer situação? Para todas estas perguntas, e ainda tantas outras, Jesus tem uma resposta:                                                                                                                                   
                                                                                                            “Nem se Põe vinho novo em odre velhos;
Do contrário, rompem-se os Odres, derrama-se
O vinho, e os Odres se perdem. Mas põe-se vinho
Novo em Odres novos, e ambos se conservam” (Mt.9:17)

            Com estas metáforas, os conceitos de velho e novo são evocados pelo Senhor. As palavras de Jeremias são aqui relembradas, ainda que figuradamente, a resposta de uma NOVA ALIANÇA de que Deus faria com o Seu povo, não conforme a ANTIGA, a que foi feita com Israel, quando tirado da terra do Egito (Jr.31:31-32)

            Deus havia feito um pacto com Israel, mediante o qual Se relacionava com o Seu povo. Esta aliança, á semelhança de uma veste útil, mas que se tornara velha, isto é, obsoleta (Hb.8:13), fora usada para dar uma roupagem simbólica ao Cristo prometido, conforme está escrito que “ a Lai tem sombras de bens vindouros, não a imagem real das coisas” (Hb.10:1). Semelhantemente, o pacto do antigo Testamento feito com Moisés e o seu povo referia-se ao Messias vindouro, o qual era ali representado parabolicamente em todas as sombras e figuras da Lei, como também está escrito: “Portanto ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber ou por causa dos dias de festa, ou de lua nova, ou de sábados. Estas são sombras das coisas futuras; a realidade, porém, encontra-se em Cristo” (Col.2:16-17 – ECA). Assim, tal qual um Odre velho, a Lei só podia conter a sombra de Cristo, não,porém, a Sua realidade.

            O pano novo e o venho novo, por sua vez, representam a verdade de Deus, de acordo com a Sua revelação na NOVA ALIANÇA, o novo testamento. Cristo, o verbo de Deus, é a Palavra que define, explica e revela o Deus invisível (Jo.1:18). A Palavra de Deus na lei e nos profetas encontra em Jesus Cristo a interpretação final.

            A pessoa de Cristo, portanto, tanto quanto Suas palavras e Suas obras, são a vontade de Deus, em realidade para o NOVO tempo instaurado na cruz do Calvário. De sorte que, a conciliação de ideias abstratas do antigo testamento com a realidade concreta de Cristo, no novo testamento, é impossível. Qualquer tentativa nesse sentido acarretará profundos prejuízos.

Como afirmou o próprio Jesus, aqueles que levarem para dentro do odre antigo da lei a pessoa de Cristo e sua doutrina, com o fim de conciliá-los,  odre rompido e o vinho derramado; Istoé, romperão com a configuração transitórias (2Co 3:7-11), e perderão o gozo da plenitude de Deus, o bom vinho (Jo.2:10), a saber: Jesus Cristo.

            Certamente esta concepção intrigou os discípulos de João, do mesmo modo como, nos dias de hoje, incomoda muitos cristãos. Todavia a respeito da surpresa ou da resistência de alguns, Jesus estabeleceu um divisor de águas entre conceitos doutrinários velhos e novos. Essa ruptura das coisas simbólicas da Lei e dos profetas e a instauração da realidade anunciadas por elas mos legaram o todo da Bíblia Sagrada, conhecido nos dias de hoje por “antigo e novo testamento”

PRÓXIMA POSTAGEM:
NÃO PENSEIS QUE VIM REVOGAR A LEI E OS PROFETAS.    


Nenhum comentário:

Postar um comentário